Eu acordava as 06:10h e, antes que pudesse colocar os pés no chão, já estava embaixo do chuveiro. Eu tinha que escolher entre tomar café da manhã ou ficar cinco minutos a mais na cama tirando o “ultimo soninho”. Saia sem café da manhã quase todos os dias.
Quando ia de carro, levava 2:15h para cruzar 32 km... No caminho de ida, claro!
Para voltar? A mesma saga!!
Mas depois de alguns cortes no orçamento, alguém me convenceu de usar ônibus e metrô, o que seria muito mais vantajoso (financeiramente apenas!!). E assim foi assim durante um longo ano que parecia não ter fim todas as manhãs e fins de tarde.
Pulava para dentro do coletivo as 07:15h. A sensação de conseguir um lugar para sentar quase se comparava com a de ganhar na Loteria. Nos dias em que meu bilhete (único) não era premiado, me amontoava junto aos outros mortais no corredor.
Saindo do ônibus, corria o mais rápido que podia, pra conseguir um bom lugar no corredor do metrô (da “linha vermeia”)... Depois do quinto trem era a vez da minha turma se espremer e sendo assim, o “ecoxamento” tinha efeito dominó e seu movimento sempre surgia de trás para frente.
Rodava sete estações e o pesadelo do ônibus acontecia mais uma vez...
Mas.... Como eu disse: “Acordava, Pulava, corria...”
Hoje acordo as 07:30h, saio de casa as 08:00h, pego a estrada rodo 60km me sentindo o Vital e a selva de pedras deixou de ser realidade para dar lugar a paisagens como esta...